Projeto urbano
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Conjunto Jardim Edite
O conjunto Habitacional do Jardim Edite foi projetado para ocupar o lugar da favela de mesmo nome que se situava nesse que é um dos pontos mais significativos para o recente crescimento do setor financeiro e de serviços de São Paulo: o cruzamento das avenidas Engenheiro Luís Carlos Berrini e Jornalista Roberto Marinho, junto à ponte estaiada, novo cartão postal da cidade. Para garantir a integração do conjunto de habitação social a sua rica vizinhança, o projeto articulou a verticalização do programa de moradia a um embasamento constituído por três equipamentos públicos – restaurante escola, unidade básica de saúde e creche.
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Conjunto Ponte dos Remédios
Com o intuito de prover novas unidades habitacionais para atender a famílias situadas em áreas de risco nas proximidades, o projeto prevê a ocupação das antigas instalações da Siderúrgica Barra Mansa, às margens do rio Tietê junto à Ponte dos Remédios. O projeto parte da utilização das instalações já realizadas no terreno, cujo arranjo original dos antigos aterros, galpões, ruas e aléias orientou o desenho das novas ocupações, mantendo-se parte dos edifícios existentes para abrigar equipamentos públicos.
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Museu da Cidade
“O mesmo acidentado da topografia determinou também este outro traço característico e já referido, que são os viadutos; (…) o modelado do terreno o impõe. A cidade acabará com um verdadeiro sistema completo de vias públicas suspensas que lhe emprestará um caráter talvez único no mundo. Com os viadutos virão os túneis (…) e será este mais um traço original de São Paulo que, com o outro, fará dela uma cidade dividida em dois planos sobrepostos, cidade de dois pavimentos.” PRADO Jr., Caio – Evolução política do Brasil e outros estudos
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Museu do Ipiranga
A perspectiva de intervir sobre um edifício-monumento, como o Museu Paulista, levantou, desde o início, a importância de uma reflexão básica sobre o conceito e o significado de um monumento. Sua renovação deveria ser vista como o marco zero de um processo de recuperação do Conjunto Monumental da Independência, que, para além de seu valor local, deveria sempre ser identificado como legítimo espaço cívico nacional. Sob essa perspectiva, o objetivo do projeto não é impor a face do novo, mas revelar de maneira nova o que já estava lá, por meio de articulações, disposições espaciais e percursos que as intervenções discretamente propiciam.
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Arena BSB
O projeto do novo Complexo Esportivo e de Lazer Arena BSB parte do reconhecimento da excepcionalidade, em escala e potência espacial, do Estádio Nacional Mané Garrincha e procura enfatizar sua condição de protagonista simbólico do conjunto. Nesse sentido, buscou-se trabalhar os novos elementos construídos no registro da paisagem e não no do edifício. Essa estratégia permite ao conjunto de novos espaços a conquista de uma monumentalidade própria que é reforçada, por contraste, pela presença do estádio. Ao se apresentar à cidade como paisagem, o conjunto articula a escala metropolitana do eixo monumental com a escala mais cotidiana sem criar relações de frente e fundo.
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Plano Urbanístico Parque Dom Pedro II
O Plano Urbanístico para o Parque Dom Pedro II foi desenvolvido por uma extensa equipe coordenada pelas arquitetas Regina Meyer e Marta Grostein (FAUUSP-FUPAM) e formada pelos escritórios Hereñú + Ferroni Arquitetos, Una Arquitetos e Metrópole Arquitetos. A elaboração do trabalho contou com a participação de técnicos de diversos departamentos da Prefeitura Municipal de São Paulo e de outras empresas e instituições direta ou indiretamente envolvidas com o parque e seu entorno. O caderno final do plano encontra-se disponível para consulta nas bibliotecas da FAUUSP e da Escola da Cidade.
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Plano Urbanístico Cabuçu de Cima 08
O Perímetro de Ação Integrada Cabuçu de Cima 08 localiza-se próximo à borda norte da área urbanizada da metrópole e suas relações com o entorno concentram-se sobre os vetores sul e leste. Os assentamentos constituem um território fragmentado que se caracteriza pela falta de infra-estruturas básicas e de espaços públicos e pelo comprometimento ambiental dos recursos hídricos com grande número de unidades situadas em áreas de risco. A proposta desenvolvida se organiza através de dois tipos complementares de intervenções denominadas Ações de Estruturação do Território (AET) e Ações Pontuais Típicas (APT). As AET’s resultam da associação de obras infra-estruturais (recuperação de curso d’água, instalação de coletores-tronco) com a criação de centralidades e espaços públicos de escala regional e tem o objetivo de organizar e integrar o tecido urbano ao seu redor.