Pré-existências

  • Museu do Ipiranga

    A perspectiva de intervir sobre um edifício-monumento, como o Museu Paulista, levantou, desde o início, a importância de uma reflexão básica sobre o conceito e o significado de um monumento. Sua renovação deveria ser vista como o marco zero de um processo de recuperação do Conjunto Monumental da Independência, que, para além de seu valor local, deveria sempre ser identificado como legítimo espaço cívico nacional. Sob essa perspectiva, o objetivo do projeto não é impor a face do novo, mas revelar de maneira nova o que já estava lá, por meio de articulações, disposições espaciais e percursos que as intervenções discretamente propiciam.

  • Museu Nacional UFRJ

    O conjunto monumental denominado Paço de São Cristóvão se constitui de duas arquiteturas: a do palácio e a de seu embasamento. As duas sofreram inúmeras transformações ao longo do tempo e encontram-se, hoje, gravemente comprometidas. Restaurar o Paço implica, necessariamente, na recuperação de ambas. O projeto de restauração pretende estabelecer uma relação de continuidade entre os diversos antigos e a intervenção proposta, incluindo a manutenção das evidências da destruição causada pelo incêndio.

  • Sede CAU

    Localizado na Rua XV de Novembro, no triângulo histórico do Centro da cidade, a nova sede do CAU São Paulo será resultado da reforma de um antigo edifício, de autoria do escritório Ramos de Azevedo, construído em 1920 para abrigar a Sede de Banco Português. A construção original, de estilo eclético barroco, sofreu inúmeras transformações até o presente, sendo a mais significativa delas em 1979, quando foram adicionados três andares ao edifício, através da replicação da tipologia do terceiro andar nos pisos superiores, e a realocação do frontão no topo deste novo edifício.

  • Fundição Lidgerwood

    Construído em 1885 para abrigar instalações da Fundição Lidgerwood, o conjunto edificado localizado na quadra triangular em frente à Estação Ferroviária foi posteriormente adquirido e profundamente modificado por sucessivos proprietários ao longo do século XX. Para reocupar o conjunto histórico, duas premissas organizaram o projeto. A primeira diz respeito à restauração e conservação do conjunto edificado, tomando como base suas condições atuais e a pesquisa histórica desenvolvida. Além disso, se faz necessária a adequação do espaço às normas atuais de segurança e acessibilidade bem como às novas demandas funcionais do museu.

  • Fábrica de Cultura de Iguape

    A Fábrica de Cultura que será instalada na cidade de Iguape apresenta uma configuração muito particular ao ter seu programa funcional distribuído em dois imóveis distintos localizados a 400 metros um do outro. Essa particularidade faz com que o espaço público que envolve e conecta os dois imóveis – ruas, largos, praças e passeios – se torne parte integrante do equipamento, expandindo o alcance de suas
    atividades e tirando partido das qualidades e valores desse núcleo urbano tão singular. Nesse sentido, é fundamental potencializar essa articulação tanto por meio da arquitetura dos edifícios quanto por meio de ações que ressignifiquem temporariamente os espaços urbanos lindeiros.