• Museu do Ipiranga

    A perspectiva de intervir sobre um edifício-monumento, como o Museu Paulista, levantou, desde o início, a importância de uma reflexão básica sobre o conceito e o significado de um monumento. Sua renovação deveria ser vista como o marco zero de um processo de recuperação do Conjunto Monumental da Independência, que, para além de seu valor local, deveria sempre ser identificado como legítimo espaço cívico nacional. Sob essa perspectiva, o objetivo do projeto não é impor a face do novo, mas revelar de maneira nova o que já estava lá, por meio de articulações, disposições espaciais e percursos que as intervenções discretamente propiciam.

  • Museu Nacional UFRJ

    O conjunto monumental denominado Paço de São Cristóvão se constitui de duas arquiteturas: a do palácio e a de seu embasamento. As duas sofreram inúmeras transformações ao longo do tempo e encontram-se, hoje, gravemente comprometidas. Restaurar o Paço implica, necessariamente, na recuperação de ambas. O projeto de restauração pretende estabelecer uma relação de continuidade entre os diversos antigos e a intervenção proposta, incluindo a manutenção das evidências da destruição causada pelo incêndio.

  • Fundição Lidgerwood

    Construído em 1885 para abrigar instalações da Fundição Lidgerwood, o conjunto edificado localizado na quadra triangular em frente à Estação Ferroviária foi posteriormente adquirido e profundamente modificado por sucessivos proprietários ao longo do século XX. Para reocupar o conjunto histórico, duas premissas organizaram o projeto. A primeira diz respeito à restauração e conservação do conjunto edificado, tomando como base suas condições atuais e a pesquisa histórica desenvolvida. Além disso, se faz necessária a adequação do espaço às normas atuais de segurança e acessibilidade bem como às novas demandas funcionais do museu.

  • Museu da Diversidade Sexual

    Um centro voltado para a construção do diálogo e do conhecimento deve de algum modo expressar esse caráter através de sua arquitetura, construindo espaços e signos que o representem nas mais diversas escalas de leitura. O térreo público e convidativo pretende mostrar o centro como um lugar aberto à presença de todos. A relação proposta do novo com as pré-existências busca representar conceitos como respeito e tolerância.

  • Conjunto Jardim Edite

    O conjunto Habitacional do Jardim Edite foi projetado para ocupar o lugar da favela de mesmo nome que se situava nesse que é um dos pontos mais significativos para o recente crescimento do setor financeiro e de serviços de São Paulo: o cruzamento das avenidas Engenheiro Luís Carlos Berrini e Jornalista Roberto Marinho, junto à ponte estaiada, novo cartão postal da cidade. Para garantir a integração do conjunto de habitação social a sua rica vizinhança, o projeto articulou a verticalização do programa de moradia a um embasamento constituído por três equipamentos públicos – restaurante escola, unidade básica de saúde e creche.

  • Conjunto Ponte dos Remédios

    Com o intuito de prover novas unidades habitacionais para atender a famílias situadas em áreas de risco nas proximidades, o projeto prevê a ocupação das antigas instalações da Siderúrgica Barra Mansa, às margens do rio Tietê junto à Ponte dos Remédios. O projeto parte da utilização das instalações já realizadas no terreno, cujo arranjo original dos antigos aterros, galpões, ruas e aléias orientou o desenho das novas ocupações, mantendo-se parte dos edifícios existentes para abrigar equipamentos públicos.

  • Habitação Estudantil Unifesp

    A implantação de um novo Campus da UNIFESP na cidade de Osasco, próximo à estação Quitaúna do Trem Metropolitano, enseja uma reflexão oportuna sobre as potenciais relações entre a Universidade e o ambiente urbano no qual ela se insere. Trata-se, por um lado, de reverter uma cultura excessivamente isolacionista, que determina a construção de espaços demasiadamente segregados para o estudo e o saber. Impõe-se, por outro lado, uma demanda real pela construção de limites físicos capazes de demarcar com clareza os espaços de acesso controlado do Campus – sem que com isso se rompa, de forma abrupta e violenta, as possíveis interações entre o mundo universitário e a vida cotidiana do bairro.

  • Casa Apodi

    O projeto desta casa para uma família com filhos assumiu uma certa indefinição programática como dado relevante em sua configuração. Espaços para o estudo ou trabalho; ampliação do número de dormitórios; o eventual acolhimento temporário de um familiar idoso ou o prolongamento do tempo de permanência dos filhos na residência dos pais; futuras necessidades ainda […]

  • Casa Santo Antonio

    Situada na borda de uma reserva de mata na região sul da serra da Mantiqueira, a casa acomoda-se à topografia através de três patamares sucessivos, sobre os quais distribuem-se os programas de estar, dormitórios e serviços. A distribuição dos programas privilegia o contraste entre duas situações antagônicas: a sala volta-se para a paisagem no patamar superior, e o pátio dos quartos volta-se para a mata, no patamar intermediário.

  • E.E União de Vilanova III e IV

    O bairro União da Vilanova, na Zona Leste de São Paulo, se configura como uma ilha em meio ao Parque Ecológico do Tietê. A área onde este projeto se insere foi reservada, na proposta de urbanização desenvolvida pela CDHU, para a implantação de duas escolas estaduais e um posto de saúde. Durante o desenvolvimento do projeto, a associação das escolas em um único edifício e a verticalização imposta pelo reduzido lote fizeram que a construção assumisse um porte destacado na paisagem transformando-se em uma importante referência no bairro.

  • Escola em Joanópolis

    Construída originalmente em 1911 segundo um projeto padrão realizado pelo arquiteto Hercules Beccari, esta escola ocupa integralmente um dos quarteirões centrais do município de Joanópolis. Diante da necessidade de implantação de uma nova quadra poliesportiva coberta, e do remanejamento de parte de seu programa didático, surgiu a oportunidade de reestruturação do conjunto em sua totalidade, organizando-se a ocupação do quarteirão de forma a se recuperar as qualidades de sua implantação original.

  • Escola Estadual Nova Cumbica

    A Escola Jd. Nova Cumbica III funcionava com instalações físicas precárias e apresentava mal resolvidas relações como o seu entorno imediato. A implantação proposta parte da reconfiguração dessa relação com os espaços públicos adjacentes, estendendo suas áreas de acesso para junto da margem Norte do córrego Popuca, como um prolongamento da praça situada na esquina com a avenida Santana da Boa Vista. O desenho da escola e o desenho da cidade se qualificam mutuamente e buscam reforçar a dimensão pública que esse equipamento demanda.

  • Sede CAU

    Localizado na Rua XV de Novembro, no triângulo histórico do Centro da cidade, a nova sede do CAU São Paulo será resultado da reforma de um antigo edifício, de autoria do escritório Ramos de Azevedo, construído em 1920 para abrigar a Sede de Banco Português. A construção original, de estilo eclético barroco, sofreu inúmeras transformações até o presente, sendo a mais significativa delas em 1979, quando foram adicionados três andares ao edifício, através da replicação da tipologia do terceiro andar nos pisos superiores, e a realocação do frontão no topo deste novo edifício.

  • Arena BSB

    O projeto do novo Complexo Esportivo e de Lazer Arena BSB parte do reconhecimento da excepcionalidade, em escala e potência espacial, do Estádio Nacional Mané Garrincha e procura enfatizar sua condição de protagonista simbólico do conjunto. Nesse sentido, buscou-se trabalhar os novos elementos construídos no registro da paisagem e não no do edifício. Essa estratégia permite ao conjunto de novos espaços a conquista de uma monumentalidade própria que é reforçada, por contraste, pela presença do estádio. Ao se apresentar à cidade como paisagem, o conjunto articula a escala metropolitana do eixo monumental com a escala mais cotidiana sem criar relações de frente e fundo.

  • Plano Urbanístico Cabuçu de Cima 08

    O Perímetro de Ação Integrada Cabuçu de Cima 08 localiza-se próximo à borda norte da área urbanizada da metrópole e suas relações com o entorno concentram-se sobre os vetores sul e leste. Os assentamentos constituem um território fragmentado que se caracteriza pela falta de infra-estruturas básicas e de espaços públicos e pelo comprometimento ambiental dos recursos hídricos com grande número de unidades situadas em áreas de risco. A proposta desenvolvida se organiza através de dois tipos complementares de intervenções denominadas Ações de Estruturação do Território (AET) e Ações Pontuais Típicas (APT). As AET’s resultam da associação de obras infra-estruturais (recuperação de curso d’água, instalação de coletores-tronco) com a criação de centralidades e espaços públicos de escala regional e tem o objetivo de organizar e integrar o tecido urbano ao seu redor.